Ano Novo, Vida Nova!

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

1 aforismos  

Apesar desta expressão, a Ligação BOF vai continuar para o próximo ano.
Este foi o ano de início do nosso novo blog, o que, falo por mim, nos vai marcar. De nada serve estar a dizer que o mundo pode acabar com o acelerador de partículas ou que vamos atravessar uma grave crise económica em 2009. Também se dizia que o ano 2000 seria o fim do mundo, e já estamos a entrar em 2009.
Este ano tivemos algumas coisas vergonhosas a acontecer em torno da humanidade, desde as grandes potências mundiais, até ao nosso blog.
Para 2009 peço que a humanidade ganhe um pouco de bom senso e pare um pouco para pensar naquilo que anda a fazer. Não são reuniões de estado que vão mudar as coisas. Tem de ser a população mundial a tomar consciência de que se nada for mudado as coisas podem correr muito mal nos tempos futuros.
E é com este aviso que me despeço. E é com estas poucas palavras que vos tento avisar.
E é com esta última frase que desejo o melhor ano de 2009 a todos.

São pelo menos os votos de Goldalsky.

Ler menos também era capaz de ser boa ideia

domingo, 28 de dezembro de 2008

2 aforismos  

Neste momento, tenho, em "lista de espera", uns quatro livros, à espera de serem lidos. Mas não estão a ser lidos. Estão ali, sentados em vários sítios do meu quarto, a apanhar pó. Dirão logo que eu sou daqueles tecno-viciados da nova geração que não lê um ponto final há dez anos. A verdade é que não sou. É que eu tenho mais do que só esses quatro livros, muito mais. E desses, apenas um (um!) tem a capa limpa. Adivinhem só qual é. Se responderam Os Maias, de Eça de Queirós, então acertaram.

Perguntarão alguns de imediato: que tenho eu contra esse livro? Ao que eu respondo: nada. O Eça escreve perfeitamente bem e a narrativa está óptima. E não tenho rigorosamente nada contra o escritor. O meu problema não é esse. O meu problema é alguma falta de motivação. Derivada do quê? Já explico.

Pois bem, a falta de motivação de que falo deve-se a isto: eu não leio este livro porque quero, leio-o à força (por muito que alguns críticos da minha posição o queiram negar). Ora, como qualquer pessoa minimamente inteligente sabe, é impossível estar motivado a fazer uma coisa que nos é imposta pela força. E aqui, dirão alguns: que interessa isso, se o livro, afinal de contas, é bom? E eu respondo: interessa, porque é preferível ler motivado e de vontade própria.

Olhemos não mais longe do que o objectivo das leituras contratuais (termo ligeiramente mais pomposo para "contrato de leitura"): incentivar os alunos a ler. Inútil. Existem dois tipos de alunos: os que lêem e os que não lêem. Os que lêem não precisam de ser obrigados a fazê-lo, e caso tal aconteça, só são prejudicados: quando lemos por vontade, estamos totalmente abertos às palavras do escritor, bebemo-las, e no final apreciámos o livro, tal como outros apreciam um bom vinho, enquanto que ao sermos forçados, bebemos as palavras, sim, mas a contragosto, de maneira que, por muito doces que elas sejam, fica sempre um travo amargo na boca, e a tristeza de não termos lido os livros que queríamos ter lido (que é a infeliz situação em que eu me encontro). Para mais, que importa se lemos Os Maias ou O Feiticeiro de Oz? Afinal de contas, são todos livros e não é por um ter sido escrito por alguém famoso ou ser considerado referência que tem mais importância que os outros. Todos eles nos proporcionam experiências, todos eles nos tocam, todos eles nos abrem as portas a novos mundos, novas realidades, novos pensamentos.

Os alunos que não lêem? Esses não lêem de qualquer maneira; tentar forçá-los não vai dar em nada. Por favor, parem de perder tempo com esses.

Finalizo esta crónica com um pedido àqueles que tiverem tempo para a ler: bebam as minhas palavras, e só depois de sentirem o seu sabor na totalidade, depois de terem compreendido o seu significado, as critiquem. A última coisa que eu quero ver acontecer é que as minhas palavras sejam recebidas com a intransigência autoritária e arrogante de um "porque sim".

Lista de palavras idiotas terminadas em "-sexual"

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

2 aforismos  

Gastrossexuais (foi daqui que veio a ideia para este naco de estupidez) - pessoas apaixonadas pela cozinha que usam essa paixão para cortejar o parceiro. (Pelo menos foi isso que percebi da notícia de [antes de][ante]ontem, na SIC.)

Bibliossexuais - pessoas apaixonadas por livros (mas isso não é a mesma coisa que bibliófilos? Não interessa.)

Hidrossexuais - pessoas que gostam de fazer amor na banheira. (É estúpido? Sim. Mas o objectivo é precisamente esse.)

Cronossexuais - pessoas que usam o tempo e os relógios para seduzir. Pela pontualidade, por exemplo.

Tecnossexuais - pessoas que seduzem pelo seu nível de conhecimento/experiência tecnológica.

Termossexuais - pessoas que seduzem pelo calor. (É impressão minha ou toda a gente faz isso?)

Fotossexuais - pessoas que só se apaixonam de dia.

Lipossexuais - pessoas que se apaixonam por pessoas gordas.

Pirossexuais - pessoas que dizem que "o amor é fogo que arde sem se ver", ou pessoas que fazem amor à luz das velas. (Que idiotice. Enfim, que há uma pessoa de fazer?)