Desafio: esta posição é possível num jogo de xadrez?
(Sugestão minha: desafie os seus leitores também.)
Votem no "votador" ao lado!
sábado, 28 de fevereiro de 2009
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Muitas vezes, criticam-me por defender ideias que não passam de mera utopia (Argumento que eu considero bastante questionável. Mais tarde falarei do assunto). Porém, aqui, o assunto tem tudo de prático e muito pouco de teórico.
Os Maias, de momento, estão parados a meio do capítulo XI, o que significa que tenho que ler mais sete capítulos e meio (umas poucas 350 páginas) até acabar aquilo. A ficha de leitura é no princípio de Março, o que significa que tenho cerca de meio mês para ler o livro.
Fosse este outro livro qualquer, um que eu tivesse, de facto, escolhido ler, esse tempo chegaria e sobraria para o efeito. Porém, não é esse o caso aqui. Eu nunca quis ler Os Maias. Ora, como eu já disse, é impossível estar motivado quando se faz algo à força – o que, aqui, significa que não só leio mais devagar, como leio menos de cada vez. O tamanho do livro (mais de 700 páginas) desencoraja ainda mais a leitura.
Pior, como eu prefiro ler livros em série, isto é, um de cada vez, até ler Os Maias não tenho oportunidade de ler mais nada. E isto é que me massacra a alma. Eu tenho uns quantos livros que já comprei há algum tempo, alguns talvez até no ano passado (um deles foi-me oferecido por escolha minha no Natal: A Viagem do Elefante de Saramago). Ainda não os li! Por que será? Por causa daquele livro maldito. Ora, isto já ilustra a completa estupidez que são as leituras obrigatórias. Senão vejamos:
- Como todas as pessoas são diferentes, é altamente benéfico para elas seguirem os caminhos da sua preferência (ideia que não tem necessariamente de estar restrita às leituras);
- Em pessoas da minha idade (incluindo eu mesmo) a imposição tende a causar aversão, o que vai contra até mesmo os objectivos da leitura obrigatória;
- Como eu também já disse na minha crónica Ler menos também era capaz de ser boa ideia, há dois tipos de pessoas – as que lêem e as que não lêem: no fundo, estes dois tipos correspondem aos indivíduos que apreciam a leitura e aqueles que preferem outras actividades. Forçar os segundos a ler é inútil, atendendo ao ponto anterior, e pode levar a que a pessoa não queira, mais tarde, começar a ler, com base na sua experiência (Isto é apenas uma conjectura, e conheço casos de pessoas que, tendo lido um livro na escola, só gostaram dele mais tarde). Impor leituras a quem já lê só é prejudicial, sendo eu mesmo a prova viva desse facto. Tenho lido pouquíssimo ultimamente à custa daquele calhamaço de setecentas páginas e da vontade infinitesimal (e que continua a diminuir) que eu tenho de o ler. Ou seja, eu, na verdade, estou a ler menos do que leria se não tivesse este empecilho no caminho – e a ficar infeliz por isso. Quando ter um livro para ler faz com que nos sintamos mal, é sinal de que algo se passa de muito errado.
Mais triste ainda é saber que estes problemas poderiam até ser minorados grandemente com uma simples medida: limitar o tamanho das leituras obrigatórias a, digamos, umas 200 páginas. Pela minha experiência, mesmo na ausência de uma motivação, é possível ler um livro desses em poucos dias. Assim, pegava no livro, lia, fechava, e mesmo com glossário e biografia, rapidamente poderia partir para outro livro.
Dadas as nefastas consequências, torna-se cada vez mais difícil compreender por que diabo existe este tipo de leituras, e, especialmente, por que é que as pessoas continuam a insistir nelas mesmo quando chamadas à razão. Lamento estar a dizer isto de algumas dessas pessoas, mas, para ver a realidade fundamentada como eu a fundamentei e continuar a não a aceitar, é mesmo preciso ter uma grande falta de bom senso.
Bem, eu agora penso publicar tudo isto no blog, e aproveito para fazer um pequeno comentário. Esta situação já grassa há bastante tempo, e, desde a última vez que escrevi acerca do assunto, não foi resolvida. Normalmente, seria ligeiramente tolo estar a falar duas vezes do mesmo assunto – mas a gravidade da situação assim o exige, pelo que há que sacar da liberdade de expressão (que, felizmente, ainda temos) outra vez.
Assim sendo, nada mais me resta acrescentar do que a consequência última e mais recente de todo este descalabro. Tal é a indisposição que me provoca saber que poderia ter tido muito mais prazer a ler se tivesse lido os livros que escolhi, que já estou a ficar com bastante vontade de pôr o calhamaço na prateleira de vez e passar às leituras que, de facto, me enriquecem e me dão vontade de ler mais.
Ler mais. Engraçado... onde terei eu lido essa frase?
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Antes de ler compreenda, estimado leitor, que todo o conteúdo escrito deste post foi uma espécie de brincadeira entre dois colegas de turma, não passando disso mesmo, uma brincadeira tonta.
Se não quiser continuar a ler esta parvoíce ou se de alguma forma este tipo de brincadeiras interferir na sua sanidade psicológica por favor carregue no botão com uma cruz no canto superior direito da janela do seu browser.
Depois de um colega ter pedido à sua colega para experimentar uma caneta na última página do seu caderno, eu vez de fazer um risco como qualquer pessoa faria, vejam o que aconteceu:
"Olá João, está bom? Eu estou.
Sabes, hoje faço anos. Weee! Que fiche!
Tou a ficar bué velha. (Repara como usei o "bué" para contrariar a tendência da velhice).
Gosto mais ou menos muito de ti.
Beijinhos,
Eduarda Pereira 05/02/2009
E agora acrescento mais linhas para poder escrever com a tua caneta.
Já viste, que fofinho, temos as nossas canetas juntas. Tão bonito!
Somos mesmo queridos!
E também vou escrever com esta caneta. É a laranjinha. Também é bem fofa! "Pera", vou buscar a azul clara.
Pronto, esta é a azul clarinha. Também é bem suave. Mas esta não deixa escrever o sentimento que nutro por ti. É um aborrecimento.
Hmm... Esta rosinha é meio rabeta. Mas permite-me apontar aqui que gosto seriamente de ti. Vá, só um bocadinho. Bem, vou buscar a azul escura.
Ora aqui está! Eh, até desliza. Bem fofa. Condiz contigo. Sou mesmo querida!
Já disse que hoje faço anos? É bem fiche. Também devias fazer. Garanto-te que proporciona um prazer extremo. Aliás, agora vou aguentar um tempinho sem fazer anos porque isto é muito intenso (vou trocar de caneta).
Agora com esta caneta vermelha. Continuando, quando eu for grande, quero ver se faço anos outra vez. Beijinhos."
E assim acabou a brincadeira tonta.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
De: Director Presidente
Para: Gerente
Na próxima sexta-feira, aproximadamente às 17 horas o cometa Halley estará nesta área. Trata-se de um evento que ocorre somente a cada 78 anos. Assim, por favor, reúnam os funcionários no pátio da fábrica, todos usando capacete de segurança, quando lhes explicarei o fenómeno. Se estiver a chover, não poderemos ver o raro espectáculo a olho nu, sendo assim, todos deverão dirigir-se ao refeitório, onde será exibido um documentário sobre o cometa Halley.
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De: Gerente
Para: Supervisor
Por ordem do Director Presidente, na sexta feira, às 17 horas, o cometa Halley vai aparecer sobre a fábrica. Se chover por favor reúnam os funcionários, todos de capacete de segurança, e encaminhe-os ao refeitório, onde o raro fenómeno terá lugar, o que acontece a cada 78 anos a olho nu.
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De: Supervisor
Para: Chefe de Produção
A convite do nosso querido Director, às 17 horas, o cientista Halley, 78 anos, vai aparecer nu no refeitório da fábrica usando capacete, pois vai ser apresentando um filme sobre o problema da chuva na segurança. O Director levará a demonstração para o pátio da fábrica.
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De: Chefe da Produção
Para: Mestre
Na sexta feira, às 17 horas , o Director, pela primeira vez em 78 anos, vai aparecer no refeitório da fábrica para filmar o famoso cientista Halley nu. Todos deverão estar lá usando capacete pois será apresentado um show sobre segurança na chuva. O director levará a banda para o pátio da fábrica.
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De: Mestre
Para: Funcionário
Todo mundo nu deve estar com os seguranças no pátio da fábrica na próxima sexta feira às 17 horas pois o manda chuva (o Director) e o Sr. Halley, guitarrista famoso, estarão lá para mostrar o raro filme "Dançando na Chuva". Caso comece a chover mesmo, é para ir para o refeitório de capacete na mesma hora. O show será lá, o que ocorre a cada 78 anos.
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AVISO PARA TODOS
Na sexta feira o chefe da Directoria vai fazer 78 anos e marcou festa geral às 17 horas no refeitório. Vai estar lá, pago pelo manda chuva, Bill Halley e seus cometas. Todos devem estar nus e de capacete, porque a banda é muito louca e o rock vai bombar até no pátio, mesmo com chuva.
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O texto é cómico. Mas infelizmente, retrata uma realidade.