Nesta tarde em que o céu ficou escuro depressa, com as estrelas a brilhar, quais pirilampos colados a um fundo escuro, vim ao meu blog e deparei-me com uma situação que não acho correcta. O que é, afinal, um blog?
Um blog, a meu ver, é um lugar onde qualquer um pode desabafar, mostrar os seus problemas, expressar a sua opinião acerca disto e daquilo. Não é mais nem menos, do que um lugar onde todos podem ler e comentar aquilo que o autor escreve. No entanto, as regras da boa educação e do viver em sociedade, obrigam-nos a respeitar e a ser, de certa forma, bem educados naquilo que comentamos, nos argumentos que utilizamos.
Depois de um post ser publicado, foi analisado pelo seu autor muitas e muitas vezes, a fim de não transmitir nada para além da sua opinião, a fim de tentar criticar aquilo que está mal, ou até, a fim de procurar uma solução para o seu problema.
Aqueles que lerem o post poderão querer comentá-lo, e fazem muito bem em comentar, porque qualquer escritor gosta que comentem o seu trabalho, qualquer bom trabalhador gosta que comentem o seu trabalho ou que o avaliem.
No entanto, como já referi, é necessário fazê-lo de uma forma construtiva e educada.
Foi por situações relacionadas que decidi escrever este post e os meus dedos começaram a deslizar pelas teclas do computador, para tentar transmitir da melhor forma, a minha opinião.
Qualquer pessoa que entre num blog é porque quer lê-lo. Se ler e não gostar, terá de comentar o post negativamente, no entanto e a meu ver, de uma forma construtiva expressando a sua opinião e a sua indignação (se tal sentimento vier à tona) de forma educada.
Não esqueçamos a identificação da pessoa que comenta. É sempre importante mesmo que não se saiba de quem se trata. O autor do post ficará sensibilizado e agradecido pelo reparo feito e tentará explicar os seus motivos para a escrita do post.
De certa forma, é isto que deveria de ser um blog, e não um espaço onde se insulta e onde se protesta apenas porque se sente incluído nas palavras do autor do texto.
E o que tenho para dizer é o seguinte: num lugar como a Internet, ao qual todos podem ter acesso, não deveríamos tentar ser civilizados?
Quando é que vamos aprender a comentar e a argumentar de forma construtiva e bem educada?
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Há algum tempo (quanto, exactamente, não sei) aprovou-se o novo acordo ortográfico. As mudanças na língua que este acordo apresenta são lamentáveis e, no meu entender, contribuem, apenas e só, para empobrecer o português, do qual a nossa pátria é indissociável.
Senão vejamos - o que se faz com este acordo (sim, escrevo com letra minúscula, porque não merece a honra da maiúscula) é retirar coisas. Retirar os agás, os cês, os acentos, os hífens. Pior, os resultados são totalmente ridículos. Quem é que quer escrever "istória"? Ou "oje"? Ou, pior, "orário"?
E as confusões que se geram? "Eu estava a pensar num fato.". Com o acordo ortográfico, isto tem um sentido duplo. Em português correcto as palavras fato e facto escrevem-se de maneiras diferentes. Como devem ser escritas. O governo anda a promover muito as Novas Oportunidades, o que tem muito que se lhe diga, de bom e de mau, mas está, e isso é incontestavelmente mau, a promover as Novas Ambiguidades.
É por tudo isto que este novo acordo ortográfico, é, na verdade, um tratado de genocídio muito bem disfarçado. Um genocídio de letras, de acentuação, de hifenização.
A única forma de pôr um travão a este massacre é continuar a escrever como agora. Porque esta atrocidade que se está a cometer contra a nossa língua só vai para a frente se nós quisermos.
Não deixemos a galinha da morte pôr os seus ovos na língua portuguesa. Porque ela não merece essa desfeita da nossa parte.
domingo, 23 de novembro de 2008
Centenas e centenas de papeis impressos por uma luta desigual onde ganha a constituição da lista e não as suas propostas. Matam-se, esfolam-se e aleijam-se. É ridícula a maneira como cartazes e autocolantes são arrancados na esperança de iludir o eleitor. Meus caros, como eleitora digo-vos: o meu voto não foi alterado por a minha lista estar com um desfalque de trezentos cartazes arrancados e noventa autocolantes no lixo. Mas enfim, os selvagens (ou estudantes, como são chamados mais vulgarmente) reduzem-se aos seus actos mais primórdios da existência sapiencial e com raiva a transparecer pelos poros da pele, rasgam, riscam e pisam papeis.
São as semanas mais estúpidas de cada ano lectivo. São prometidos mundos e fundos e pouco acaba por realmente ser feito. Muitos estabelecimentos de ensino, apenas cingidos a uma lista, insistem em fazer campanha e gastar dinheiro em propaganda inútil que de uma maneira ou outra faz escassear o oxigénio. As paredes são forradas, as pessoas chateadas até ao desespero que nos leva a gritar "sim! eu voto na tua lista mas por amor de Deus deixa de falar da festa de final de ano e na semana em Lloret del mar" e os auxiliares de ensino descansam refastelados na cadeira que lhes pertence com direito a aquecedor de pés por saber que toda aquela papelada terá de ser limpa pela Lista vencedora.
O mais interessante deste acontecimento é de facto o contar de relações que acaba por acontecer. Ou até mesmo as festas em que pessoas (sim, a palavra foi retirada depois de horas e horas de atenção despropositada a um texto que mais não é que pura idiotice) se despem a troco de alguns votos que nem para a vitória chegam. Festas pagas em vão e o orgulho destruído por uma causa perdida.
Qual será o dia em que, desde pequenos, seremos ensinados a jogar limpo e a argumentar em vez de rasgar?
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Aula de Inglês, 12 de Novembro de 2008
Uma pessoa - O McDonalds tem cá uma plantação de vacas...
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Aula de Português, 5 de Novembro de 2008
(The Purple Teen Wizard mexe a caneta, riscando a camisola de MariaEduarda)
MariaEduarda - Opá sujaste-me a camisola!
The Purple Teen Wizard - Obrigado!
(era para dizer "desculpa")
[...]
(The Purple Teen Wizard mexe a caneta, riscando novamente a camisola de MariaEduarda)
MariaEduarda - Olha agora agradece outra vez!
(A Ligação BOF não se responsabiliza por quaisquer perdas ou incorrecções de informação derivadas de falhas causadas pela memória do autor deste post.)
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Peguei numa palavra e decidi desconstruí-la.
ORIGINALIDADE
Todos queremos ser originais. Mas tal coisa não existe. Basta pensar de onde vem tal coisa como "originalidade". Vem daquilo que achamos original. Portanto, segundo a minha conclusão de pensamento, eu copio aquilo que acho original, logo, não sou original. Nem eu, nem ninguém.
A originalidade não é possível hoje, amanhã nem depois. Nunca o será.
Aqueles que acham que agem de maneira diferente propositadamente(e há muitos atrasados assim) são os tristes que se orgulham de ser tristes. Haverá pior que isso? Não me parece. Agem diferentemente porque acham que quebram regras e fazem o "antes nunca feito". Fazem? Pensem meus caros. São tão corriqueiros que apenas se baseiam na atitude/reacção humana normal para poderem fazer o oposto. Se depender de mim, não terão a vida facilitada. Sou tão corriqueira que chego a irritar a corriqueirice. Não há nada de interessante em mim e perco-me no meio desta sociedade estúpida de beatas e escapes. Movimento, movimento, stress. Poucas paragens e poucos para ouvir quem quer gritar. Os únicos ouvidos são os ditos "cools" que são os tais que "quebram regras" e são mauzões por isso. Eh láa... Olha-me aquele bacano, tem um cabelo borrado pelas pombas e calcinhas de bloco operatório. Ganda noia man.
Enfim enfim... As pessoas só têm a importância que lhes dão. E se é um atrasado a correr pelas ruas sozinho, um doidinho que se veste para marcar ou um idiota que se gaba de ter o que não tem que tem importãncia, este mundo está perdido. Para os prótótipos aqui referidos e para outros que tais, uma valente cuspidela na testa.
Sem mais nada a dizer despeço-me pedindo não só desculpa pelo atraso de postagem como pela denotável falta de qualidade dos textos.
Fiquem bem.
Os anos passam e a sociedade vai perdendo maturidade. Talvez nem seja propositado, mas acontece. Importa mais o parecer que o ser, e quem é não parece. Pior que perder horas numa fila de trânsito para chegar ao trabalho é saber que depois de conseguir chegar há lá mais de meia dúzia de atrasados mentais a rir do nada ou a babarem-se para "doces convexidades" (sim, é outro termo para "seios".)
E isto é uma situação que pode ser transportada para o quotidiano de qualquer outra pessoa, como o meu. Sou estudante e já não me basta aturar o interminável controlo por parte de professores e das mulheres que fingem que trabalham a servir comida aos alunos ou àquelas que fecham a papelaria às horas em que os alunos podem ir lá, ainda tenho de gramar com com pessoas com um sexto de idade mental comparada à física. Deus nos valha.
"Eu fiz e ele não". Ora boa. Parabéns, és o maior e gostamos todos muito de ti. "Vou ter um notão". A sério? Ainda bem. "Isto é tão fácil." (dias depois) "quanto tiveste no teste?" "14. yeeesss. [falsa felicidade] ". "Professora, eles erraram e eu acertei" Oh, tão querido. Sabes como é, só os melhores conseguem. E trazer tudo feito de casa ou ter quem nos resolva as coisas também ajuda.
Enfim, dia-a-dia de qualquer um.